quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Tecnologia de ponta e salário do policial

A instalação de rede de comunicação digitalizada e especial, radar, GPS, computadores e até dos recém lançados “tablets” nas viaturas é a nova onda em todo o país. A adoção de tecnologia faz o mesmo efeito midiático antes cumprido pela compra de viaturas, coletes e pistolas que substituíram o velho revólver 38. Isso é importante e imprescindível, mas nada surtirá efeito sem que hajam policiais saudáveis, treinados e motivados para empregar a parafernália eletrônico-digital na sua missão de combate ao crime e na proteção da sociedade. As ferramentas modernas são bem vindas, mas devem ser encaradas exclusivamente como ferramentas colocadas nas mãos de profissionais que, com elas, poderão ter melhor rendimento em suas atividades.

Infelizmente, os policiais de todo o país enfrentam a defasagem salarial. Os governos estaduais, seus patrões, não conseguiram acompanhar a evolução das necessidades da classe e, como conseqüência, a remunera insuficientemente. O policial, que faz sua jornada de trabalho combatendo o crime em viaturas que agora passam a ter os avançados recursos eletrônicos, não ganha o suficiente para ter sua condução e nem morar em segurança. Depois do trabalho, ele é obrigado a ir para casa de ônibus, exposto aos marginais que perseguiu no trabalho e nem pode revelar sua condição de policial no bairro onde mora, que pode ser até uma favela, pois se o fizer, corre o risco de ver sua família subjugada.


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