segunda-feira, 28 de maio de 2012


NOTÍCIA DO DIA
Dono de sauna é morto no Lourdes
Homofobia pode explicar assassinato de empresário de 77 anos, que saía do estabelecimento quando levou 7 tiros
Publicado no Super Notícia em 28/05/2012
ANDRÉA JUSTE
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FOTO: JOÃO MIRANDA
Crime aconteceu na porta da sauna, na esquina das ruas Timbiras com Sâo Paulo
A homofobia pode ter sido a motivação do assassinato com sete tiros de um empresário de 77 anos, dono de uma sauna que funcionava na rua Timbiras, na esquina com a rua São Paulo, no tradicional bairro de Lourdes, na região Centro-Sul de Belo Horizonte. O crime aconteceu por volta das 22h de sábado, quando Wilson Brandão de Castro deixava o estabelecimento com um funcionário. Nenhum objeto da vítima foi levado e não há pistas dos bandidos.

Segundo a Polícia Militar, Castro foi abordado por dois homens em uma moto. Ele teria se sentido mal durante a ação dos bandidos, que atiraram contra a vítima. Um dos tiros acertou a cabeça de Castro, que foi socorrido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), mas não resistiu aos ferimentos e morreu ao dar entrada no bloco cirúrgico do Hospital de Pronto-Socorro João XXIII. O funcionário não se feriu. A sauna possui circuito interno de câmeras de segurança, material que será analisado pela Polícia Civil ao longo desta semana. De acordo com a assessoria de comunicação da corporação, ainda é cedo para afirmar a motivação do crime.

No bolso da vítima foram encontrados R$ 2.500 em dinheiro. Mesmo com os bandidos deixando esse dinheiro, a possibilidade de tentativa de assalto ainda não foi descartada pela polícia.
Crime
Moradores da região se disseram assustados com a violência. As marcas de sangue no local do crime chocava quem passava por lá. Eles afirmaram que Castro era homossexual e que a sauna também era frequentada por um público gay. Muitos moradores acreditam que a homofobia pode ser a motivação.

Uma pessoa que pediu para não ser identificada conta que a vítima chegou a atravessar a rua depois de ser ferida e gritou por ajuda antes de cair no chão.

"Eu estava em casa e ouvi uns cinco, seis disparos. A polícia falou para eu chamar o Samu", contou a testemunha.

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