quinta-feira, 12 de abril de 2012

OPERAÇÃO TARTARUGA DA POLÍCIA MILITAR NO DISTRITO FEDERAL FOI ENCERRADA COM UM ACORDO ENTRE AS ASSOCIAÇÕES DE CLASSE E O GOVERNO DO DF

PMs decidem suspender operação tartaruga, diz GDF

 Do G1 DF

 GDF estuda gratificação a policial que bater meta de redução de crimes

Categoria fazia operação desde 15 de fevereiro por falta de reajuste.
GDF se comprometeu a negociar reivindicações dos policiais e bombeiros.

Os policiais militares do Distrito Federal decidiram nesta terça-feira (10) encerrar a operação tartaruga que realizam desde o dia 15 de fevereiro, informou por meio de nota o governo do DF.  A operação fazia parte de protesto da categoria por reajuste salarial.

O anúncio foi feito após reunião entre representantes dos militares e do governo do Distrito Federal. Eles assinaram um documento no qual o Executivo se compromete a manter aberto o diálogo sobre as reivindicações da categoria.
Também ficou decidido no encontro que estão suspensas temporariamente quaisquer mudanças na estrutura administrativa da PM que tenham efeito sobre os salários dos integrantes da corporação.
Confira a íntegra da nota pública assinada no final da reunião
"O Governo do Distrito Federal e as entidades representativas dos servidores militares da Polícia e do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal, reunidos na noite de 10 de abril de 2012, resolvem informar o que segue:
a) O Governo do Distrito Federal firma o compromisso com os servidores militares da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal de continuar as negociações visando discutir a Pauta de Reivindicações entregue na Secretaria de Estado de Administração Pública.
b) Por outro lado, as entidades representativas dos servidores militares da Polícia e do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal se comprometem a encerrar qualquer tipo de movimento interno às corporações que dificultam o desempenho da prestação de serviços de segurança pública à população do Distrito Federal."

DEPUTADO PROTÓGENES NA MIRA DOS ARAPONGAS

Grampo da Operação Monte Carlo pega Protógenes



Autor do requerimento de criação de uma CPI para investigar a ligação de políticos com Carlinhos Cachoeira, acusado de comandar uma rede de jogos ilegais no País, o deputado Protógenes Queiroz (PC do B-SP) foi flagrado em pelo menos seis conversas suspeitas com um dos mais atuantes integrantes do esquema do bicheiro goiano: Idalberto Matias Araújo, o Dadá. O elo entre os dois foi revelado em grampos da Operação Monte Carlo, da Polícia Federal.

Espécie de faz-tudo do esquema e conhecido araponga de dossiês políticos, Dadá esteve a serviço de Protógenes na Operação Satiagraha e, nas conversas, recebe orientações do ex-delegado sobre como agir para embaraçar a investigação aberta pela corregedoria da PF sobre desvios no comando da operação que culminou com a prisão do banqueiro Daniel Dantas - a Satiagraha.

Os grampos da Operação Monte Carlo mostram que a proximidade de Protógenes com Dadá é suficiente para que sua autoridade para integrar a CPI seja questionada. Os diálogos revelam o empenho do deputado, delegado licenciado da Polícia Federal, em orientar Dadá na investigação aberta contra ele próprio, no ano passado.

Numa das conversas, Protógenes lembra ao araponga para só falar em juízo. "E aí, é aquela orientação, entendeu?, diz ele, antes do depoimento de Dadá. As ligações foram feitas para o celular do deputado. Fica evidente a preocupação de Protógenes em não ser visto ao lado de Dadá. Eles sempre combinam encontros em locais distantes do hotel onde mora o deputado, como postos de gasolina e aeroportos.

Procurado pelo Grupo Estado por três vezes em seu gabinete nesta terça, Protógenes não foi localizado e também não respondeu às ligações para seu celular.

Dadá foi identificado na Operação Monte Carlo - que o levou e ao bicheiro Cachoeira à prisão, em fevereiro -, como o encarregado de cooptar policiais e agentes públicos corruptos, de obter dados sigilosos para a quadrilha e de identificar e coordenar a derrubada de operações de grupos concorrentes. Ele está preso desde o mês passado, acusado de formação de quadrilha, lavagem de dinheiro e exploração de máquinas caça-níqueis.

Em agosto do ano passado, Dadá tratou de seu depoimento no inquérito da Satiagraha com o próprio Protógenes, com o advogado Genuino Lopes Pereira e com o escrivão da Polícia Federal Alan, lotado na Coordenação de Assuntos Internos da PF(Coain-Coger), uma subdivisão da Corregedoria-Geral. O assunto é o mesmo: Dadá e Jairo Martins, outro araponga ligado a Cachoeira e que esteve informalmente sob o comando de Protógenes na Satiagraha, só deveriam se manifestar em juízo.

Se integrar a CPI para apurar os elos de Cachoeira, Protógenes investigará dois de seus colaboradores, como indicam os grampos obtidos pelo Grupo Estado.

O advogado Genuino Pereira afirmou que não conhece Protógenes e negou que seus clientes tenham combinado a versão que dariam em depoimento à PF. Alega que eles se comportaram daquela forma por coincidência. Alan não foi encontrado no local de trabalho.

Xerife

Com uma imagem de quem se tornaria o "xerife" da Câmara, Protógenes foi eleito graças à carona que pegou nos 1,3 milhão de votos do palhaço Tiririca (PR-SP) para preencher o total de votos exigidos pelo quociente eleitoral de São Paulo. A iniciativa de criar uma CPI para investigar Cachoeira e seus colegas é, até agora, o auge de sua promessa de campanha.

Nos áudios da Monte Carlo, Dadá trata o deputado por "professor" e "presidente". Uma das interceptações mostra Protógenes sugerindo a Dadá que o encontre num novo hotel. "Não tô mais naquele não", avisa, num sinal de que os encontros são constantes. No grampo de 11 de agosto de 2011, acertam o local da conversa, mas se desencontram. "Tá onde?", pergunta. Dadá responde: "Em frente da loja da Fiat", ao que o deputado constata: "Ah, tá. Estou no posto de gasolina". "No primeiro?", indaga Dadá. "Isso", confirma o deputado. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
fonte:blog do cabo fernando

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