Algemas
descartáveis ainda são novidade no cotidiano policial. A preferência
pelo convencional material de aço, mesmo diante da necessidade constante
de inovação, surpreende, pois a adoção do "novo" formato poderia evitar
prejuízos diversos que vão desde a preservação da integridade do preso
ao devido procedimento por uma eventual perda. Além de ser mais barata,
claro.
A
aparência frágil desse equipamento contrasta com sua eficiência.
Policiais que as utilizam não poupam elogios, sobretudo pela sua
resistência e portabilidade. Acusados que resistem a prisão podem
danificar os acessórios tradicionais (tornando-as imprestáveis) e,
dependendo do caso, elas podem não 'abarcar' o braço de modo seguro ou
*lesionar aqueles que a desafiarem. Três problemas evitados pelas
descartáveis.
Perder
uma algema de aço - leia-se fornecida pelo governo - é sinônimo de dor
de cabeça para o policial, mesmo que o fato possa ser explicado. Um
colega de trabalho passou quase dois anos respondendo a um incômodo
Inquérito depois de tê-las extraviadas numa ocorrência.
Como
todo objeto, é óbvio que existam no mercado algemas descartáveis de
baixa qualidade, sendo necessário, portanto, muito cuidado quando se
for adquiri-las. A mudança é para justamente beneficiar e não pra
atrapalhar ainda mais.
*A
súmula vinculante número 11, do Supremo Tribunal Federal (STF)
disciplina o uso de algemas, que só pode ser lançada em caso de
resistência, receio de fuga ou perigo à integridade física própria ou
alheia e estabelece punição pela desobediência e até mesmo a nulidade do
processo (um absurdo) pelo descumprimento. Evidentemente que o alvo dos
ministros foi a preservação da imagem dos "colarinhos brancos da
vida".
fonte:blog da renata
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