sábado, 2 de abril de 2011

O PREÇO DO DESCASO COM OS POLICIAIS QUE COMBATEM ACRIMINALIDADE

DescasoNas conversas que tenho mantido com policiais lotados no serviço operacional nas diversas unidades da região Metropolitana de Belo Horizonte, tenho percebido um crescente desalento em relação ao trabalho operacional. Na verdade o moral da tropa está em baixa.
Alguns policiais mais experientes estão muito preocupados, pois entendem que se a Polícia deixar o crime “tomar conta”, depois será muito mais difícil reverter, posteriormente, a situação.
Por outro lado, os criminosos já perceberam que a Polícia “baixou a guarda” e estão cada vez mais ousados. Nesse sentido, o assassinato de um frentista do posto de gasolina situado na Av. Niquelina, com a Avenida do Contorno, ou seja, ao lado do 1º BPM, constitui-se em exemplo vivo, da ausência de qualquer temor ou respeito em relação à Polícia.
Respeitadas as opiniões em contrário, ao meu cuidar, o desalento é fruto do verdadeiro linchamento moral realizado por órgãos de imprensa em desfavor dos militares da 6ª Companhia e a sanha contra as Rotans, que não tiveram do Comando a resposta esperada pelos militares, pois apenas o Tenente-Coronel Alberto Luiz, ficou exposto na linha de fogo, diga-se de passagem, com brilhante atuação.
Mas os comandados gostariam de ver o Comandante-Geral e o  CPE defendendo a tropa, com a veemência necessária, sem receio de desgastes. Por outro lado, para atender a sanha da imprensa, não houve qualquer pudor em indiciar inocentes, desprezando militares sabidamente corretos, lançando sobre eles imputações fundadas em investigação realizada de forma açodada e imprecisa.
Neste sentido, causou espécie a publicação engravidada no Boletim Geral da PM, de verdadeira infâmia, fundada em dados imprecisos de que Oficial e Sargento da Rotam e outros integrantes de guarnições Rotam, teriam participado de uma encenação – “JAVA”, para acobertar supostos atos irregulares praticados por integrantes de uma guarnição que realizava incursão no aglomerado da Serra.
Para comprovar a improcedência destas acusações bastaria, ao encarregado da investigação, verificar as gravações das comunicações da rede de rádio, onde está comprovado, que a guarnição Rotam que incursionava na Serra pediu prioridade na rede de rádio,às 02: 36 minutos, sendo que a Rotam Comando chegou ao local dos fatos às 02:39 min, quando o Oficial fotografou toda a cena encontrada no local, providenciou socorro aos feridos, dentre os quais um policial e entrou em contato com o Comandante do batalhão anunciando-lhe o ocorrido.
Será que em três minutos, alguém consegue providenciar material (armas e fardas) para montar uma encenação?
Ocorre que o Investigador usou como referência o horário do fato constante do BO, quando até as pedras sabem que este horário não possui a precisão necessária, vez que o seu lançamento é por aproximação.
Lamentável ainda, que o horário de preenchimento de fichas de entrada no HPS, seja considerado, desprezando o fato de que a primeira preocupação é atender os feridos, para depois preencher os formulários.
É certo que depois de suportarem o linchamento moral e profissional, os militares serão certamente absolvidos, pois a verdade prevalecerá, mas estes excessos e o descaso com profissionais que se arriscam diariamente no combate a criminalidade, é irresponsável e desanimador.
Domingos Sávio de Mendonça
Assessor Jurídico da Ascobom
OAB/MG 111515
Fonte: BLOG DA RENATA

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